D. António Augusto Azevedo ordena dois novos sacerdotes
O último domingo foi de festa na Diocese de Vila Real, quando o bispo de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, presidiu, na Sé, à ordenação de dois novos sacerdotes, Cristiano Oliveira, de 26 anos, da aldeia de Covelo do Gerês, Montalegre, e de Daniel Palma, com 29 anos, natural de Nogueira, Vila Real.
Na homilia, o prelado lembrou o papel dos padres num mundo, dizendo: “Pela sua ação, pelo seu testemunho e forma de viver, o Padre é profeta para o mundo de hoje. Este é um tempo carente de profecia e de esperança. Não pode ser um tempo de resignação, de cedência ao cinismo ou de trincheiras. Aos padres pede-se coragem profética, ousadia criativa, perseverança (resiliência) no anúncio da esperança que vem de Deus”.
Referindo-se aos novos presbíteros, desejou que, desde agora, “sejam servidores dedicados desta igreja diocesana, anunciadores e testemunhas alegres do evangelho de Jesus Cristo e pastores fiéis do povo de Deus que lhes será confiado”.António Augusto Azevedo sublinhou também que as promessas feitas no dia da ordenação, “nomeadamente a obediência e cooperação com o Bispo, a consagração da sua vida a Deus pela salvação dos homens, a somar à do celibato”, feita na ordenação diaconal, são expressões do caráter profético da vida sacerdotal. Não deixou também de identificar “algumas das dificuldades” que, em geral, afetam os presbíteros, associadas a uma “sobrecarga de trabalho pastoral”, geradora de cansaço, a situações de algum isolamento e solidão, “bem como a carências mais espirituais”, mas também meios que ajudarão a “superar as fragilidades humanas”, e realçou que “não é aconselhável nem prudente é fechar-se sobre si próprio, remeter-se a uma autorreferencialidade estéril, esconder ou negar as dificuldades”. Por outro lado, lembrou que “as mudanças sociais e culturais das últimas décadas, o crescente envelhecimento da população e desertificação de alguns territórios, sobretudo na nossa região, impõem algumas adaptações na organização eclesial. Ela é urgente, dada a carência de vocações sacerdotais. São desafios novos que exigem respostas ousadas e criativas, e que terão implicações várias, nomeadamente no diz respeito à vida e missão dos sacerdotes”. R.A.