Mons. Ângelo Minhava

O ADEUS A MONS. ÂNGELO MINHAVA

altO padre Minhava morreu. Aos quase 98 anos de idade deixou-nos o homem. Somente o homem, cujo rosto nós recordaremos enquanto existirmos e o seu retrato não desaparecer dos textos que lhe fizerem referência. “Morra o homem e fique a fama”. E esta estará garantida pela obra musical e literária que deixou. Todas as vezes que se cantar o hino da maior parte dos concelhos do distrito, estar-se-á a cantar e a homenagear Mons. Ângelo Minhava. Pelo menos deseja-se que assim seja. Certezas porém não há porque a memória, às vezes, é esquiva. Esperamos não dizer: era estimado, respeitado e considerado, mas muitos o esqueceram.
Morreu o Padre Minhava. Morreu o homem simples, humilde, desprovido de vaidades, mas que, mesmo sendo assim, não deixou de ser um grande homem, um figura ilustre da cultura transmontana.
Domingo, 15 horas. A Sé de Vila Real, que teve a presença de clérigos de todo a diocese, da edilidade vila-realense e outras autoridades civis, encheu-se de gente, alguma vinda de várias localidades do distrito, para assistir à celebração da Eucaristia, pelo senhor bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, comedido no encómio “ao homem de Deus, ao homem do saber”.
Duas últimas notas: em sua homenagem,  ex-seminaristas da  Associação de Antigos Alunos do Seminários entoaram o hino de Vila Real, já a urna tinha saído do templo. A Câmara Municipal de Montalegre decretou dois dias de luto.
Ribeiro Aires