D. António Marto
A associação homenageia D. António Marto em Vila Real
O Cardeal D. António Marto esteve, na passada segunda-feira em em Vila Real, num encontro com o clero diocesano. A Associação marcou presença neste momento de saudação, de congratulação, de memória, de afirmação na fé, mas também , de convívio e de boa disposição.Presentes, D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real, de D. Gilberto Canavarro dos Reis, que foi bispo de Setúbal, elementos dos órgãos sociais da nossa Associação e «velhos» companheiros de ano de D. António Marto.
Pelas 10 horas da manhã, realizou-se, no auditório do Seminário a sessão de boas vindas e de felicitação pela elevação de D. António Marto ao cardinalato. O Reitor do Seminário, dr. Abel Canavarro saudou a presença de D. António Marto e regozijou-se por finalmente o clero de Vila Real o ter entre si, depois da sua nomeação cardinalícia.
D.Gilberto Canavarro Reis sublinhou algumas facetas que compõem o seu retrato: “bem-disposto, capaz de dar umas gargalhadas, mas homem de palavra, inteligente, capaz de ver no meio da balbúrdia, da confusão, capaz de grandes decisões, de grande sabedoria prática da vida. Como «pastor», destacou a proximidade e a boa relação com as pessoas, o sentido de serviço com elegância, com profundidade e com o evangelho no coração, bom orador, bom conselheiro. O padre Hélder Sá começou por dizer que «gostava mais de agradecer o testemunho que o nosso homenageado nos dá hoje ao longo do difícil percurso da sua vida, homem como crente, como pastor, pela maneira coo vive e transmite a beleza e a alegria da fé, ambas presentes na sua vida, no seu magistério, no seu modo de celebrar.” Terminou com um desejo e, simultaneamente, um receio: que lhe aconteça o mesmo que a Santo António – de Roma e de Portugal.
O padre Vítor, pároco de Montalegre lembrou o professor, quando no Porto, era seu aluno na Universidade Católica.
D. António Marto, com graça, considerou algum exagero nas palavras ditas, porque só faltou “canonizar-me”. Depois disse que o seu caminho foi feito com os companheiros do Seminário, com os padres, com leigos, com os alunos, com formandos. “E, por isso, esta elevação ao cardinalato não é só minha, é também vossa, que sintais que vos toca, é uma prenda vossa.” Com graça, lembrou a pequena conversa que teve com o Santo Padre, após a imposição das insígnias de cardeal: ” Santo Padre, a nossa Senhora de Fátima e os pastorinhos agradecem o dom que quis fazer a Fátima.” Ao que o Papa Francisco retorquiu: “Tu és aqui o representante deles, és? Não sabes? Foi uma carícia de Nossa Senhora.” D. António Marto completou, depois: “Acredito que tenha sido uma carícia de Nossa Senhora, porque méritos não tenho, mas o certo é que a carícia chegou pelas mãos do Papa Francisco.” D. António Marto não deixou de falar de alguns problemas actuais da humanidade, porque “estamos a assistir a uma mudança de época: o fenómeno da globalização, as novas tecnologias e o mundo plural. Falou do momento doloroso do que se passa na Igreja, com os escândalos conhecidos, considerando que é necessária haver uma renovação neste aspecto, para que a igreja se volte mais para a dimensão missionária.
D. Amândio Tomás encerrou este momento de congratulação e também de reflexão, voltando à tónica da alegria do evangelho e pela presença de D. António Marto, membro também do clero da diocese de Vila Real.
Seguiu-se a celebração da Eucaristia na Sé e um almoço convívio no Seminário. José Macieirinha, em nome da Associação saudou e felicitou D. António Marto.
Ribeiro Aires