Bebe um cálice de Porto
E aconchega-te à lareira:
Verás arder uma estrela
Um tronco de amendoeira.
Enganos e desenganos
Ardem bem – quando se quer.
A fogueira de Natal
Tem encantos de mulher.
Natal é ave que pousa
Num ramo da tua mão
E te convida a voar
De amplidão em amplidão.
António Cabral